Texto: Quando Davi chegou a Maanaim... trouxeram a Davi e ao seu exército camas, bacias e utensílios de cerâmica e também trouxeram cevada, farinha, grãos torrados, feijão e lentilha, mel e coalhada, ovelhas e queijo de leite de de vaca; pois sabiam que o exército estava cansado, com fome e com sede no deserto. 2 Samuel 17:27-29
Observação: percebo neste texto três coisas que acontece normalmente na batalha, contudo é acentuada quando estamos passando por desertos: cansaço, fome e sede.
Cansaço: Todo deserto é um terreno hostil, difícil de caminhar. Na areia a sensação é de dois passos para a frente e um para trás. Se é terreno pedregoso os desafios não são menores. Moro em Cuiabá, talvez a capital mais quente de nosso país. Sei que o calor daqui já causa um desgaste além do normal, imagina o do deserto. Mais de 50 graus na moleira. É extenuante, exaustivo e força nossos limites além do que podemos suportar. O cansaço vem.
Fome: no deserto não se planta, não há animais e muito menos restaurantes. Se não morre de desidratação pelo calor, pode-se morrer de fome.
Sede: o inimigo número um de quem passa pelo deserto é a falta de água. Imagino que quando a água acaba, o caminho para a morte é aplainado.
Prática: estou aqui pensando nos desertos espirituais e emocionais que já passei, e os que ainda passo. Cansaço, fome e sede foram e são meus companheiros constantes nestes períodos. Cansaço de lutar num ambiente hostil, com a sensação de não avançar por anos. O ministério, por mais que entenda o privilegio do chamado, é uma caminhada árdua. Às vezes solitária. Cansativa. Se não cuido do meu coração, rapidamente sou assolado pela causticante decepção. É uma trilha de perigos e provações constantes.
Sinto tanta fome de relacionamentos, de amizade, de apoio, de compreensão. Sinto sede de afeto, afago, de realização, de cobertura. Às vezes muita sede de Deus. A renuncia, a ausência de justiça própria e a doação de amor incondicional, são características necessárias ao meu chamado ministerial. Contudo elas me sugam, preciso urgentemente me renovar na fonte em Cristo para que não venha morrer no deserto.
Oração: Pai, muitos discípulos já ficaram prostrados no deserto. Como o povo de Israel que não puderam entrar na terra prometida, morreram em meio ao desertos da vida. Minha oração hoje é que me dês um coração grato, quebrantado, pronto a perdoar e que alcance a aprovação do Senhor. Use pessoas para me trazer descanso, alimento e água para saciar a minha sede. Se necessário, use anjos para me servir. Em nome de Jesus. Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário